Tudum! O som inconfundível da Netflix se tornou um dos áudios mais reconhecidos e famosos do mundo

som

Olá inspirados! Hoje vamos abordar um tema bastante interessante que está se destacando no mundo do marketing e da publicidade: o sound branding. Já imaginou o impacto que o som pode ter na experiência do usuário?

 

Pois é, a identidade sonora é como o DNA auditivo de uma marca. Assim como a identidade visual que engloba logotipos, cores e tipografia, o som também tem a função de comunicar os valores e a personalidade de uma empresa.

 

Se engana quem pensa que se trata apenas de ter uma música agradável em um comercial de TV. Estamos falando de estabelecer uma ligação emocional com a galera por meio do som. É como se cada marca tivesse a sua própria trilha sonora, contribuindo para reforçar sua identidade e proporcionar uma experiência singular para quem as vivencia. 

 

O sound branding é uma estratégia incrível para fazer com que a sua marca seja lembrada!

 

Também conhecido como áudio branding, é a prática de utilizar efeitos sonoros para criar uma identidade de marca única e memorável. Mas atenção, nós não estamos falando de jingle! 

 

Ao contrário do jingle, que é uma música curta e cativante usada em comerciais, o sound branding abrange uma gama mais ampla de elementos sonoros, como trilhas sonoras, efeitos sonoros e até mesmo a voz da marca. 

 

A ideia por trás do sound branding é criar uma conexão emocional com o público-alvo, reforçando a identidade e os valores da marca através do uso estratégico do som. É uma ferramenta poderosa para se destacar no mercado e proporcionar uma experiência sensorial diferenciada para os consumidores. 

 

O som tem o poder de evocar emoções, criar memórias e estabelecer conexões profundas com as pessoas. 

 

Quando bem utilizada, a identidade sonora pode ajudar as marcas a se destacarem em um mar de concorrência, a criar uma imagem que fica gravada na mente do consumidor e a reforçar sua presença no mercado.

 

E não para por aí! Em um mundo cada vez mais digital, onde a experiência do usuário é fundamental, a identidade sonora pode desempenhar um papel crucial. Pense no som de inicialização do seu smartphone ou no toque e notificação de um aplicativo. Esses sons são facilmente reconhecidos e associados à marca, criando uma conexão única.

 

É por isso que a identidade sonora é essencial para a experiência do usuário. Ela contribui para criar uma experiência coesa e memorável em todos os pontos de contato com a marca. Ou seja, é mais uma forma de fortalecer a presença da marca no mercado e na mente dos consumidores. 

 

O logotipo sonoro é uma parte essencial do sound branding.

 

Assim como um logotipo visual, o logotipo sonoro é projetado para ser facilmente reconhecido e associado à marca. Ele não substitui o visual, mas, sim complementa a identidade da marca. Juntos, esses elementos formam uma identidade coesa e memorável, ajudando a construir uma marca forte e duradoura. 

 

Se você é assinante da Netflix, com certeza já ouviu o famoso “tudum” que toca toda vez que iniciamos um filme ou série. Esse som se tornou tão conhecido que é impossível não associá-lo à experiência de assistir algo na plataforma.

 

Mas o que muitos não sabem é como ele foi criado. Afinal, qual é o segredo por trás desse som tão marcante? Recentemente, o apresentador do podcast Twenty Thousand Hertz, Dallas Taylor, parece ter descoberto o segredo por trás da criação do icônico “tudum”. 

 

Tudo começou em 2015, quando Todd Yellin, vice-presidente de inovação de produtos da Netflix, teve a ideia de criar um som que representasse a marca em menos de 4 segundos. Ele planejava introduzir esse som no início de cada conteúdo do catálogo, sem cansar os usuários com uma introdução longa. 

 

O desafio era grande, afinal, como criar um som que pudesse encapsular e desencadear emoções múltiplas em apenas alguns segundos? 

 

A missão era criar um som que capturasse o “coração da Netflix” em uma marca sonora. Segundo Yellin, era essencial transmitir conforto ao telespectador e garantir que o som se encaixasse perfeitamente, independentemente do gênero do conteúdo que estivesse sendo assistido. Em meio a um mundo em que tudo acontece muito rápido, ele queria que essa criação fosse curta e mais cinematográfica do que eletrônica.

 

Com base nesses princípios, a equipe responsável pelo desenvolvimento do “tudum” trabalhou duro para realizar o desejo de Yellin. Para alcançar esse objetivo, ele procurou o renomado designer de som Lon Bender, vencedor do Oscar de Melhor Edição de Som em 1996 por seu trabalho em “Coração Valente”. 

 

E o resultado não poderia ser melhor: um áudio que captura a atenção da galera e a prepara para desfrutar de um conteúdo especial, como se estivesse prestes a “abrir uma caixinha de surpresas”.

 

Tudum! Antes de cada episódio, iríamos ouvir o berro de uma cabra.

 

Muitas tentativas foram feitas até encontrar o som perfeito e que representasse toda a diversidade de emoções que experimentamos ao assistir a um filme ou série. 

 

Responsável pelos efeitos sonoros, Bender criou cerca de 20 sons, desde sons inspirados em caixas de música, portas se abrindo até elementos para mostrar a passagem de tempo. Ele até desenvolveu diferentes versões do famoso efeito sonoro “tudum”, e uma delas incluía o berro de uma cabra no final. Imagina só a criatividade e dedicação necessárias para chegar a esse ponto! 

 

Ainda durante o podcast Yellin chegou a dizer que gostou do som da cabra, achou engraçado e peculiar, comparando-o à famosa introdução dos filmes da MGM como o rugido do leão. Mas no final das contas, a decisão foi por utilizar o som sem o berro da cabra.

 

O “tudum” veio de um som simples: o barulho da aliança de casamento de Bender batendo em um armário de madeira.

 

Durante o podcast, Lon Bender compartilhou a história por trás da criação desse sound branding incrível. 

 

Segundo Bender, ele usou a batida suave de sua aliança de casamento em um móvel de madeira, misturando-a com o som de uma bigorna desacelerada, batidas silenciadas e o som invertido de guitarra elétrica de uma gravação nunca usada de 1990. Incrível, não é mesmo? 

 

E para completar, esses sons pertenciam a um amigo músico chamado Charlie Campagna, responsável pela trilha sonora de “Blade Runner 2049”. Batizado de “The Blossom” (O Desabrochar), esse processo minucioso de composição e mixagem resultou na característica batida que hoje associamos imediatamente à Netflix. 

 

É impressionante como um simples som pode ter um impacto tão significativo em nossa experiência, nos convidando a mergulhar no universo da plataforma, sabendo que ali encontraremos uma variedade de conteúdos capazes de nos emocionar, entreter e surpreender.

 

E não é só isso, o som da Netflix também se tornou parte da identidade da empresa, reforçando sua presença no mercado e sua conexão com o público. Afinal, quem nunca se pegou cantarolando a famosa batida antes de iniciar uma maratona de séries? 

 

A decisão final desse icônico som foi tomada de uma maneira inusitada…

 

Na época, a filha de Yellin tinha apenas 10 anos e foi ela quem deu o veredito final sobre qual som deveria ser escolhido. Ele confessou que sentiu a pressão por fazer a escolha certa e recorreu à opinião sincera e espontânea da filha.

 

Segundo a empresa, a animação da identidade sonora é uma representação vívida da diversidade e riqueza de seus conteúdos. Com um fundo mais escuro e contraste com o vermelho, o símbolo se desdobra em uma explosão de cores, inspirada na variedade de histórias, emoções, idiomas, fãs e criadores que fazem parte do universo Netflix. 

 

A ideia é convidar a galera para se envolver em uma experiência cinematográfica cheia de vida, quer estejam em casa ou em qualquer lugar pelo mundo. 

 

E tem mais! Para melhorar ainda mais essa experiência, a Netflix lançou um segundo logotipo sonoro, uma versão estendida do primeiro, criado pelo renomado compositor Hans Zimmer. Esse logotipo foi especialmente desenvolvido para ser exibido em cinemas e festivais, proporcionando uma experiência única e marcante. Legal, né?

 

O som ficou tão marcante que virou o nome do festival oficial da empresa, o Tudum.

 

Os três segundos que formam a identidade sonora da empresa conquistaram um lugar tão especial no coração da galera que essa onomatopeia foi escolhida como o nome do festival. 

 

O evento aconteceu pela primeira vez no Brasil em janeiro de 2020 e foi um verdadeiro sucesso. Com foco na experiência imersiva, os participantes tiveram a oportunidade de interagir com diversas produções da empresa, além de contar com a presença de artistas brasileiros e internacionais. 

 

O que chamou atenção foi a forma como a Netflix se aproximou do público brasileiro. Utilizando referências da nossa cultura pop, adaptaram a identidade sonora e a comunicação visual, e transformaram o festival em algo único e inesquecível.

 

Esse festival mostrou como o sound branding pode ser poderoso e impactante. A Netflix soube explorar as possibilidades da sua marca e criar uma experiência única para os seus fãs. 

 

Além da Netflix, existem múltiplos exemplos de sound branding no mercado.

 

Ficou claro como alguns sons associados a certas marcas automaticamente nos transportam para o universo delas. Por exemplo, quantas vezes você estava em algum lugar e ouviu o famoso “plim plim” da Globo e automaticamente se viu no universo da TV, lembrando de um programa que adorava assistir? 

 

Isso mostra como a identidade sonora de uma marca pode ser poderosa e impactante. Assim como o “tudum”, o “plim plim” não é apenas um sound branding que gruda na mente, ele também é super fácil de falar. Por se tratar de uma onomatopeia, podemos pronunciá-los em vez de só ouvir, e isso faz toda a diferença! 

 

E o que dizer do icônico sound branding da Disney? Sabia que ele começou a ser usado na década de 1950? Isso mesmo, nessa época a marca ainda se chamava Walt Disney Pictures. 

 

As notas musicais são extraídas da canção “When You Wish Upon a Star”, e desde os anos 1980 elas têm acompanhado a abertura de todos os filmes do estúdio, transmitindo a ideia de magia e aventura. Para muitos, o som representa a promessa de momentos mágicos e emocionantes. 

 

“Para-papa-pá”! Outro exemplo interessante é o sound branding do McDonald’s. Quem não reconhece aqueles assovios e sintetizadores ou vozes harmonizadas em um coro? Uma pesquisa feita com mais de 2 mil britânicos apontou que esse som é um verdadeiro sucesso entre a galera.

 

Parte integral do slogan da campanha, ele foi criado no início dos anos 2000 para solucionar uma crise de imagem da marca, que começou a afetar suas vendas e valor de mercado. 

 

E não podemos nos esquecer das lojas Americanas e do iFood que criaram uma identificação sonora única ao patrocinarem o reality show Big Brother Brasil. Durante ações patrocinadas no programa, essas marcas introduziram um som característico acompanhado do nome da empresa, como o “Americanas, mercado” e o barulhinho da moto de entrega do iFood.

 

Essa estratégia além de gerar visibilidade para as marcas, também criou uma associação automática na mente do público e dos participantes do programa. Com o tempo, os sons tornaram-se uma espécie de gatilho mental, criando uma associação instantânea que ficou gravada na memória da galera. 

 

Qual é o som da sua marca? Se ainda não tem, está na hora de considerar como a identidade sonora pode fazer a diferença para o futuro do seu negócio. Vem se envolver com a gente, estamos prontos para te ajudar a criar um sound branding marcante, que vai potencializar a relevância da sua marca. Vamos trabalhar juntos para desenvolver estratégias que representem o que a sua empresa é e quer transmitir.

 

Chegamos ao fim dessa jornada de descobertas! Se esse papo despertou a sua curiosidade e ampliou os seus horizontes, fique de olho no nosso blog para não perder nada. Estamos sempre compartilhando conteúdos maneiríssimos!

 

Referências:

https://olhardigital.com.br/2020/08/10/cinema-e-streaming/saiba-como-foi-criado-o-som-caracteristico-da-netflix/ 

https://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2020/08/05/o-som-de-abertura-da-netflix-quase-foi-uma-cabra-ao-inves-do-tudum.htm

https://canaltech.com.br/series/tudum-sabia-que-o-som-de-abertura-da-netflix-quase-foi-o-berro-de-uma-cabra-169474/ 

https://canaltech.com.br/empresa/netflix/ 

https://glamour.globo.com/videos/noticia/2020/08/o-famoso-tudum-da-netflix-era-para-ser-outro-som-e-bem-bizarro.ghtml

https://www.agenciaeplus.com.br/sound-branding-crie-uma-marca-sonora-para-o-seu-e-commerce/#:~:text=Al%C3%A9m%20da%20Globo%20e%20Netflix,%C3%A9%20uma%20das%20mais%20recentes

https://zanna.com.br/blog/sound-branding/10-exemplos-de-logotipos-sonoros/

https://blog.portalpos.com.br/o-que-e-sound-branding-veja-exemplos-e-quais-os-beneficios/ 

https://firmorama.com/audio-branding-quando-branding-e-musica-se-encontram-para-fortalecer-a-identidade-de-marcas

https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/155891-tu-dum-barulho-netflix-alianca-grito-cabra.htm

https://firmorama.com/audio-branding-quando-branding-e-musica-se-encontram-para-fortalecer-a-identidade-de-marcas

https://periodicos.unifev.edu.br/index.php/pontop/article/view/1699/1532

https://blog.portalpos.com.br/o-que-e-sound-branding-veja-exemplos-e-quais-os-beneficios/

 

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Romis Carmo

Romis Carmo

Diretor Criativo
Impulsionando negócios com criatividade
Colaborador de assuntos para design sensorial

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