Você já reparou aquela estampa de sardinha em bolsas, camisetas e vitrines? Ou até perfumes com cheiro metálico, cítrico e salgado? Essa tendência kitsch retrô, apelidada de #SardineGirlSummer, está sacudindo o mundo do branding, moda e gastronomia mas, principalmente, a forma como usamos o olfato para criar memórias, sensações e identidade de marca.
Do inesperado ao sofisticado.
O que começa com uma sardinha vintage impressa num tecido continua em fragrâncias com notas de alga, ozônio, pepino e metal. E chega aos aromas de azeite quente, fumaça e pão recém-saído do forno em cozinhas autorais. Essa nova estética navega entre o nostálgico e o excêntrico. Meio arte, meio irônico, meio kitsch.
Aqui, o cheiro não é um detalhe. Ele é o ponto de partida. Toca diretamente o sistema límbico, ativa a memória afetiva e molda a experiência. O salgado da sardinha, o toque metálico do aço e o frescor do pepino. Tudo isso pode ser a essência da sua marca. Literalmente.
Branding sensorial: por que o cheiro importa?
Se o olfato é o único sentido que acessa diretamente o cérebro sem filtros, por que ele ainda é tão pouco explorado nas marcas? O branding olfativo é mais do que um perfume no ar. É um ponto de contato emocional. Talvez o mais potente de todos.
Memória instantânea:
Um cheiro bem elaborado conecta o público ao seu espaço de forma imediata. O aroma certo ativa lembranças, evoca sentimentos e cria laços afetivos com a marca.
Diferenciação emocional:
No mar de imagens repetidas, slogans pasteurizados e feeds saturados, o cheiro ainda é um território livre. E cheio de potencial. Um aroma inusitado, como o de sardinha, pode transformar a sua marca em algo impossível de esquecer.
Experiência multissensorial.
Moda, gastronomia, design e comunicação se cruzam cada vez mais. E o sensorial está no centro disso tudo. A sardinha virou estampa, virou bolsa, virou perfume. Por que não virar atmosfera?
Estética sardinha: entre o retrô e o cult.
A estética sardinha é nostálgica, irônica e sofisticada. Um luxo sem glamour, mas com personalidade. Nostalgia remete à infância, à feira, à casa da avó. Sardinha fritando na panela, cheiro de domingo. Kitsch cult é o feio que virou cool. O retrô que virou hype. Ironia estética é a crítica sutil à obsessão pelo neutro. Um jeito de dizer muito com pouco.
O cheiro de sardinha, metálico e salgado, que antes causava estranhamento, agora cria curiosidade. E isso é o novo luxo. Não o que brilha, mas o que provoca.

Como aplicar na prática: um passo a passo sensorial.
Se você quer transformar o seu espaço em uma experiência sensorial completa, aqui vão alguns caminhos possíveis:
Explore a identidade da marca.
Qual a alma do seu negócio? É rústico, urbano, afetivo ou experimental? O cheiro precisa estar alinhado com esse DNA. Restaurantes mediterrâneos podem explorar notas marinhas e herbais. Cafeterias artesanais podem apostar em torra de grãos, noz-moscada e madeira aquecida.
Brinque com contrastes.
A sardinha é metálica e salgada, mas pode ganhar sofisticação ao lado de limão siciliano, pepino ou coentro. Estimule sensações ambíguas. Frescor com calor, rusticidade com elegância.

Pense na jornada olfativa.
Desde a entrada até o caixa, cada ambiente pode ter uma transição sutil de aromas. Use difusores, velas, sprays ou até elementos naturais que reforcem a atmosfera.
Teste e ajuste.
Cheiros são subjetivos. Teste com pessoas reais. Observe reações, perceba o impacto. Regule a intensidade. O objetivo não é perfumar o ambiente. É provocar sensações.
Integre à comunicação.
Não adianta ter cheiro se você não contar a história por trás dele. Use o storytelling sensorial. Diga que seu espaço tem aroma de mar, ferro e memória de infância. Isso cria conexão, pertencimento e engajamento.
Se até a sardinha virou ativação sensorial , por que sua marca ainda não tem?
Se até a sardinha virou tendência sensorial, sua marca também pode. No universo onde o estranho encanta e o luxo se converte em memória, a estética se potencializa com cheiro, o ambiente ganha personalidade e o cliente, uma experiência inesquecível.
Conecte seus valores com aromas fora do convencional. O frescor metálico do pepino. O sal do mar. O cítrico delicado. A fumaça rústica. E transforme cada visita, cada produto e cada segundo em um momento sensorial memorável.
Na Plimper, desenvolvemos marcas para serem vividas, não apenas vistas.
Desenvolvemos estratégias de branding, design e comunicação para traduzir a essência do seu projeto com ativação visual, verbal e sensorial. Se algo tão inusitado quanto o cheiro de sardinha virou assinatura, imagina o potencial da sua marca, com essência e propósito de se tornar algo único, marcante e memorável. Bora cocriar juntos? Vem se envolver com a gente!
Fontes das imagens:
https://www.freepik.com/free-photo/top-view-food-packaged-cans_137058117.htm#fromView=search&page=1&position=4&uuid=ae533319-6c3d-4c27-b2a6-a16c9089df39&query=sardinha
https://www.freepik.com/free-vector/flat-design-delicious-sardine-illustration_15478427.htm#fromView=image_search&page=1&position=0&uuid=f669c23d-af06-4ab2-8f88-5a83155f5f59&query=sardinha
https://www.freepik.com/free-vector/hand-drawn-canned-sardine-illustration_15636270.htm#fromView=image_search&page=1&position=0&uuid=5bf43133-aaf1-4ce4-8b61-8c3ca04c4c2e
Autor: Victor Loureiro.
Publicação: Brunna Gambarini.