Design: forma, função e estratégia sensível.
Nos últimos anos, o conceito de design evoluiu de uma abordagem centrada apenas na forma e na função para uma perspectiva mais holística que incorpora a estratégia sensorial. Romis Carmo, um designer renomado, argumenta que o design deve agora englobar não apenas a estética e a utilidade, mas também a experiência sensorial do usuário, especialmente em um mundo cada vez mais digital e influenciado pela inteligência artificial (IA). Este artigo explora essa transformação e como ela impacta a criação de marcas conectadas.
A evolução do design.
Tradicionalmente, o design era visto como uma disciplina que equilibrava forma e função. A forma se referia à estética visual do produto, enquanto a função dizia respeito à sua utilidade. No entanto, Romis Carmo propõe que essa visão é limitada. O design contemporâneo deve considerar como os usuários veem, ouvem e sentem as marcas. Essa abordagem sensorial é fundamental para criar experiências memoráveis que vão além da simples interação com o produto.
O papel do design sensorial.
O design sensorial ativa nossos sentidos através de interações com produtos e marcas. Segundo Romis Carmo, essa ativação é crucial para transformar marcas em objetos de desejo. Por exemplo, aromas específicos podem evocar memórias afetivas e influenciar decisões de compra. Pesquisas mostram que 35% das pessoas lembram de uma marca por seu aroma, enquanto apenas 5% se lembram pela aparência visual[1]. Isso demonstra a importância de integrar múltiplos sentidos no processo de design.
Estratégia digital e inteligência artificial.
A revolução digital trouxe novas ferramentas e plataformas que permitem uma conexão mais profunda entre marcas e consumidores. A IA, em particular, está mudando a forma como os designers abordam seus projetos. Ferramentas baseadas em IA podem analisar dados sobre comportamentos dos usuários e prever quais elementos sensoriais serão mais eficazes em determinadas situações. Isso permite um design mais personalizado e responsivo às necessidades dos consumidores.
Romis Carmo enfatiza que essa estratégia não se limita à estética; ela deve ser aplicada em todos os pontos de contato com o cliente. Desde o design da embalagem até a experiência do usuário em plataformas digitais, cada aspecto deve ser pensado para criar uma conexão emocional. Por exemplo, um aplicativo pode usar sons específicos para guiar o usuário através de suas funcionalidades ou até mesmo para acentuar momentos importantes na interação.
Conectando marcas com emoções.
Para Romis Carmo, o verdadeiro poder do design reside na sua capacidade de conectar marcas com as emoções dos consumidores. Ele acredita que um design eficaz deve provocar sentimentos e memórias que ressoem com o público-alvo. Isso pode ser alcançado através de narrativas visuais que contam histórias sobre a marca ou através da criação de experiências sensoriais que envolvem todos os sentidos.
Um exemplo prático disso pode ser visto em campanhas publicitárias que utilizam música ou sons específicos para criar uma atmosfera emocional. A música não apenas atrai atenção; ela também pode evocar nostalgia ou felicidade, influenciando positivamente a percepção da marca[2]. Assim, o design se torna uma ferramenta poderosa para moldar experiências memoráveis.
O futuro do design
O futuro do design está intrinsecamente ligado à evolução das tecnologias digitais e à crescente importância da experiência do usuário. À medida que as expectativas dos consumidores aumentam, os designers devem estar prontos para inovar continuamente. Isso significa não apenas criar produtos bonitos e funcionais, mas também desenvolver estratégias que integrem experiências sensoriais ricas.
Romis Carmo defende uma abordagem proativa onde os designers se tornam facilitadores de experiências significativas. Em vez de simplesmente responder às demandas do mercado, eles devem antecipar as necessidades dos usuários e criar soluções que toquem suas vidas de maneira profunda e impactante.
A transformação do design de uma disciplina focada apenas na forma e função para uma estratégia sensorial abrangente é um reflexo das mudanças nas expectativas dos consumidores modernos. Romis Carmo ilustra como essa nova abordagem pode criar conexões emocionais duradouras entre marcas e usuários. Ao integrar tecnologia digital e inteligência artificial no processo criativo, os designers têm a oportunidade de elevar suas criações a novos patamares, fazendo com que cada interação seja não apenas funcional, mas também memorável.
Em um mundo onde as escolhas são abundantes, o design sensorial se destaca como uma estratégia vital para diferenciar marcas no mercado competitivo atual. A capacidade de olhar, ouvir e sentir não é apenas uma vantagem; é essencial para construir relacionamentos significativos entre marcas e consumidores no futuro.
Citações:
[1] https://plimdesign.com.br/blog/design-ou-destino/
[2] https://plimdesign.com.br/blog/design-e-moda-o-encontro-desses-dois-campos/
[3] https://www.instagram.com/romiscarmo/
[4] https://www.threads.net/@romiscarmo/post/C_-9wPdPhDP
[5] https://www.instagram.com/romiscarmo/p/C2dXnfGvMUK/
[6] https://www.threads.net/@romiscarmo
[7] https://www.instagram.com/romiscarmo/reel/DEqFZ2DvkPr/
