Nubank x Banco Central: o rebranding pode se tornar uma oportunidade.
Imagine o seguinte: você constrói uma marca inovadora, disruptiva, cheia de personalidade e que conquista milhões de clientes, vira referência no mercado e, quando menos espera, vem uma regulamentação e determina que o nome que você escolheu não pode mais ser usado.
Neste artigo, vamos explorar como marcas resilientes atravessam crises, regulamentações e mudanças sem perder a relevância e o que podemos aprender com isso para construir marcas que resistem a mudanças.
Entenda a proposta do Banco Central.
Parece um roteiro de filme de terror para qualquer estrategista de branding, mas é exatamente o que pode acontecer com fintechs como o Nubank, caso o Banco Central leve adiante sua proposta de restrição ao uso do termo “bank” para empresas que não sejam oficialmente bancárias. O objetivo dessa proposta é aumentar a transparência para a população, evitando que o uso do termo “bank” gere confusão, fazendo com que os consumidores acreditem que essas fintechs possuem a mesma autorização e regulamentação de bancos tradicionais.
Por mais que o Nubank, e outras fintechs ofereçam serviços que venham a se confundir com os oferecidos pelos bancos tidos como tradicionais, perante a legislação, elas não são consideradas bancos. Certas mudanças podem passar despercebidas pelo usuário, mas fazem toda a diferença nos bastidores, principalmente na relação da instituição com os órgãos reguladores.
Por trás de um nome, existe uma marca viva.
O nome de uma marca vai muito além de uma escolha estética ou sonora. Naming é estratégia. É uma identidade condensada em poucas letras. É um dos ativos mais valiosos de uma marca porque carrega significado, gera identificação e cria memórias.
Mais do que um elemento visual, o nome é a porta de entrada para a percepção, a conexão emocional e a construção da confiança. Mas existe uma pergunta essencial: o que permanece quando esse nome — essa camada visível — precisa mudar ou desaparecer? O que sustenta a marca além do nome?
Marcas fortes não existem apenas pelo que mostram. Elas existem, principalmente, pelo que representam. Quando propósito, essência e experiência estão bem definidos, o nome deixa de ser o único ponto de conexão. Ele passa a ser parte de um ecossistema maior — construído com estratégia, narrativa e consistência.
O verdadeiro poder do naming não está apenas na criatividade da palavra ou na sonoridade perfeita. Está na capacidade de traduzir, com clareza e personalidade, aquilo que a marca é, acredita e entrega.
Uma identidade visual bem construída é relevante. Mas sozinha, não sustenta uma marca. O que garante longevidade, valor e relevância é a gestão estratégica da marca como um todo — cuidando da identidade visual, verbal e sensorial, alinhadas com propósito e experiência.
Negócios que cultivam significado, criam conexões reais e geram valor emocional atravessam mudanças, desafios e novos cenários sem perder relevância. Porque marcas vivas evoluem — sem perder sua essência.
No caso das fintechs, elas nasceram para ser diferentes dos bancos tradicionais, para quebrar paradigmas e oferecer algo novo. E agora podem ser forçadas a abandonar um pedaço importante dessa identidade. Isso não é apenas uma questão de rebranding. É uma questão de sobrevivência no imaginário coletivo.
Rebranding forçado: risco ou oportunidade?
Mudar de nome pode ser um grande desafio, mas também pode ser uma oportunidade. Um reposicionamento estratégico pode fortalecer a marca e abrir novas possibilidades de crescimento. O segredo está na forma como essa transição é conduzida.
Agora que você já entendeu o potencial do rebranding, vamos falar sobre como fazer isso sem cair na cilada do “quem sou eu no mercado?”. Aqui vão algumas dicas:
- Tenha um motivo claro: nada de mudar só por mudar. Entenda por que o rebranding é necessário e qual problema ele vai resolver. Essa clareza vai guiar todas as decisões ao longo do processo.
- Seja consistente: rebranding não é só mudar o nome ou o logo, é redefinir toda a identidade da marca. Desde as cores até o tom de voz, tudo precisa estar alinhado com a nova proposta.
- Planeje a transição: não jogue seu novo nome no ar e espere que as pessoas entendam do dia para a noite. Crie uma campanha de transição e comunique-se em múltiplas plataformas.
O rebranding “forçado” pode parecer assustador à primeira vista, mas também pode ser exatamente o que a sua marca precisa para crescer e brilhar ainda mais. O segredo está na estratégia, no planejamento e, claro, em não perder o senso de humor durante o processo.
Mantenha o legado da marca.
Rebranding não é sobre virar outra marca, é sobre amadurecer e para garantir que ela não se perca no caminho é essencial respeitar a história da marca. Use a história da sua marca como ponto de partida para contar o próximo capítulo. Reforçar a história e os valores fundamentais durante o rebranding ajuda a criar uma narrativa coerente e transmite a mensagem de continuidade, não de ruptura.
Rebranding começa de dentro: alinhe identidade visual, verbal e sensorial para engajar pessoas de todas as idades.
Toda mudança de marca — seja nome, identidade visual, verbal ou sensorial — precisa, antes de impactar o público externo, conquistar quem está dentro da empresa. São os colaboradores que vivem a marca todos os dias e se tornam os primeiros agentes de transformação.
Envolver a equipe no processo de rebranding é fundamental para garantir que a nova identidade não seja apenas estética, mas uma expressão genuína da cultura e dos valores da empresa. Quando todos compreendem o propósito, o posicionamento e os novos códigos de linguagem — visual, verbal e sensorial — o engajamento acontece naturalmente, e a mensagem se fortalece em cada ponto de contato.
Colaboradores alinhados e motivados se tornam os melhores embaixadores da marca. Eles ajudam a transmitir as mudanças de forma autêntica, reforçam a confiança do público e criam uma experiência consistente em todas as interações — seja em um atendimento, um post nas redes ou no ambiente físico.
Mudar faz parte da evolução de qualquer negócio. Mas crescer com estratégia é o que diferencia marcas que só mudam de marcas que permanecem relevantes.
Na Plimper construímos marcas com alma, presença e significado. Se a sua empresa está pronta para evoluir, vem com a gente. Vamos planejar cada detalhe para que sua marca se torne inesquecível — por dentro e por fora.
Este é um artigo autoral, com a ajuda da inteligência artificial. Combinamos a criatividade humana e a inovação tecnológica para oferecer a você um conteúdo detalhado e envolvente.
Autor(a): Romis Carmo e Beàtriz Reis.
Publicação: Brunna Gambarini.